ENTREATOS

03 DEZ
RODA DE CAPOEIRA ANGOLA + EXIBIÇÃO DE FILME MÕA, RAIZ AFRO MÃE

O Cineclube Pipa do Rio Grande do Norte nos traz com exclusividade a exibição do documentário MÔA, RAIZ AFRO MÃE no dia da roda mensal da Escola de Capoeira Angola Renascer

19H RODA DE CAPOEIRA
21H30 EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO

MÔA, RAIZ AFRO MÃE 2022 | 101 minutos
De: Gustavo McNair
Músico, capoeirista, educador e fundador do Afoxé Badauê, Mestre Môa do Katendê fez história em Salvador, levando 8 mil pessoas para as ruas, promovendo a reafricanização do carnaval baiano e influenciando uma geração de artistas da MPB. O documentário que começou junto com ele, pouco antes de seu assassinato político, conta e canta a história desse educador polifônico e misterioso da cultura afro-brasileira, que em vida não teve o reconhecimento merecido, intercalada com a da ascensão das manifestações negras no carnaval da Bahia, através da entrevista que ele deu para o filme, e de personagens que celebram a reconexão com nossa identidade cultural.

Cineclube Pipa
Cineclube Pipa existe desde 2014 em Tibau do Sul (RN), promovendo exibições de filmes com foco em justiça social e ambiental, resistência cultural e valorização dos saberes originários e tradicionais. Com sessões temáticas, busca refletir sobre questões como racismo, feminicídio e especismo, destacando a cultura dos povos Potiguara, Quilombola e Potiguar, com curadoria de Tatiana Wells, artivista, pesquisadora-produtora e Fillipe Neves músico e artista visual. Em 2024 realizam seu primeiro seriado de documental Um pouco da história da comunidade do Quilombo da Praia de Sibaúma, um percurso sem roteiro através do território, a partir do olhar e da vivência de seus protagonistas e começam a circular as projeções de filmes por outros espaços como Canguaretama e Natal.
https://cineclubepipa.wordpress.com

Escola de Capoeira Angola Renascer
Fundada por Mestre Rogério Teber, a Escola tem como objetivo a preservação, prática e difusão da Capoeira Angola dos anos 80 no Rio de Janeiro, época e lugar onde Mestre Rogério começou a treinar Capoeira Angola. Atualmente, a ECA Renascer conta com quatro núcleos: Rio de Janeiro, Cidade do México, Xalapa e Barcelona, além de um Grupo de Estudos em Oaxaca. A escola funciona na casa Ngira, na sala cultural Itamar da Silva Barbosa - Mestre Peixe.
https://pt.ecarenascer.com/


05 DEZ
ESCAPE ZAP ENTRE MATRIX

A PARTIR DAS 17H

Muitas conversas sobre soberania de dados, descentralização da comunicação, exodo de serviços de Big Techs mas ainda seguimos usando WhatsApp, Telegram, Discord, Slack, Microsoft Teams e outros mensageiros instantâneos e comunicadores de empresas nefastas.

Matrix é um protocolo de comunicação livre, descentralizado, federado, criptografado por padrão para todas as comunicações, com servidores e aplicativos em Software Livre.

Deixar de usar ferramentas nefastas pode não ser uma possibilidade para todos os aspectos da vida mas ao menos podemos trazer a organização de projetos para fora desses ambientes.

Esta é a intenção desta oficina: possibilitar as organizações de movimentos sociais em ambiente seguro usando um comunicador que faz sentido para as nossas batalhas.

Não haverá nenhuma restrição de quem poderá participar, nem pré=requisitos ou condições especiais a serem alcançadas para participar.

Partiu?!


10 DEZ
ANARQUIVAR THE SPHERE: PRÁTICAS FUGITIVAS DE INTELIGÊNCIA COLETIVA

E se pudéssemos transformar a ideia de self-collecting – o anarquivamento da memória coletiva – em arte viva?

A PARTIR DAS 17H

The Sphere é uma rede emergente de teóricos radicais, artistas e tecnólogos que explora novas ecologias de financiamento das artes. Nos últimos anos, temos construído bens-comuns regenerativos na web3, onde artistas, audiências, colecionadores e outros tipos de agentes de ecossistemas criativos se juntam para compartilhar alegrias, riscos e as oportunidades de se fazer arte.

O Anarchiving Game é uma das nossas criações recentes: um protocolo participativo web3 que incorpora o espírito de inovação e interdependência constitutivo das artes vivas. Baseado num contrato inteligente e uma aplicação descentralizada, o Anarchiving Game permite que as pessoas emitam, compartilhem e colecionem fragmentos da jornada criativa da The Sphere como objetos digitais que propagam valor. Pensem num arquivo fractal e proliferante: uma tela aberta onde a memória coletiva e os outputs criativos da comunidade da The Sphere não são apenas preservados, mas continuamente re-imaginados e sinteticamente expandidos.

Esta conversa será uma ocasião para conhecer co-iniciadores da The Sphere, Erik Bordeleau, Pedro Victor Brandão e Vitor Butkus. A sessão incluirá também a apresentação e discussão do filme Swirls of Fortune (Lene Vollhardt, 14', 2025), uma imersão alucinógena guiada pela deusa “Swirl” no universo efervescente e metaestável da The Sphere: uma meditação especulativa sobre consciência coletiva, governança descentralizada e as poéticas da emergência numa era de controle algorítmico.

Erik Bordeleau é filósofo, fugitive planner, curador e ensaísta. Ocupa uma posição de investigador em cinema e filosofia na Universidade NOVA de Lisboa e interessa-se pela questão do valor nas suas formas tecno-mediáticas e financeiras. Co-fundou a The Sphere, um projeto web3 que explora novas ecologias de financiamento e desenvolve um comum digital para as artes performativas. Colabora ativamente na plataforma https://weirdeconomies.com, onde coordena o Cosmo-Financial Study Group.

Lene Vollhardt é uma artista baseada em Londres. Sua prática não se prende a uma única identidade ou forma: ela é cineasta, coreógrafa, escritora e educadora. Busca novos modos coletivos de sentir, receber e sonhar, tanto por meio de tecnologias novas quanto ancestrais. Seu trabalho recebeu prêmios internacionais como o Hong Kong Arthouse Film Award, o Fokus Film Award e o apoio da Studienstiftung des Deutschen Volkes. Vollhardt já exibiu internacionalmente na Royal Academy of Art, em Londres, no Kunstraum Bethanien, em Berlim, e na Sharjah Film Platform. Atualmente, como uma das codiretoras de The Sphere, Lene colabora com o projeto desde sua criação.

Pedro Victor Brandão é um artista multimídia, desenvolvedor e estrategista cultural brasileiro que explora fotografia, pintura, vídeo e experimentação social para desafiar tradições artísticas e criticar o capitalismo por meio de pesquisas em economia, direito à cidade e cibernética. Pedro criou a série Retornável na blockchain Ethereum em 2019 e fundou o Fund Acerola em 2021 para apoiar artistas do Sul Global. Seus trabalhos integram coleções públicas como MAM Rio, MAR e MASP, além de coleções de criptomídia como M4T, Lander e Studio137. Desde 2023, ele codirige a The Sphere.

Vitor Butkus, também artista, é um desenvolvedor full-stack visionário e uma das forças motrizes por trás da Uint Studio, onde princípios de código aberto e inovação radical se encontram. Dedicado a criar ferramentas que empoderam coletivos e desafiam sistemas tradicionais, Vitor se especializa em transformar conceitos disruptivos em realidades funcionais por meio do código. Ele teve papel fundamental na implementação técnica de projetos como o Karmetplace, uma plataforma que redefine a troca de recursos e o valor coletivo, e o Anarchiving Game, uma ferramenta interativa que explora abordagens participativas para a ideia de (an)arquivamento.